Saúde

Parceria entre hospital privado e Ministério da Saúde salva vidas com transplantes

Parceria já investiu na capacitação de 33 centros de saúde em 11 estados

A Beneficência Portuguesa de São Paulo se consolidou em 2022, pelo quinto ano consecutivo, como o maior transplantador privado de medula óssea do Brasil.  E por uma parceria do Ministério da Saúde por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), passou a integrar o projeto Mais TMO. A iniciativa disponibilizou 40 leitos para a Coordenação Geral do Sistema Nacional de Transplantes (CGSNT) para a realização de Transplantes de Células-Tronco Hematopoiéticas (TCTH) de pacientes do SUS. E 41 procedimentos já foram realizados por meio do Programa. 

“Além de disponibilizar a nossa excelente infraestrutura e profissionais de saúde para agilizar a fila do transplante, também investimos na capacitação de centros de saúde em todo o país”, explica Phillip Scheinberg, chefe da Hematologia do Centro de Oncologia e Hematologia da BP. 

Para tornar o projeto viável a nível Brasil, foram capacitados 33 centros em 11 estados, mais o Distrito Federal. São eles: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Bahia, Goiás, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Os centros foram selecionados em parceria com o Ministério da Saúde a partir de um mapeamento que levantou os locais que realizaram transplante de medula óssea via SUS. Já o público contemplado pelo projeto é bem variado, sendo o mais novo com três anos de idade e, o mais velho, com 66 anos. 

Dentro do Projeto Mais TMO existe uma parceria com a Casa Hope, instituição filantrópica que oferece apoio biopsicossocial e educacional às crianças e adolescentes portadores e transplantados de medula óssea, fígado e rins, que cumpre um papel de acolhimento junto às famílias durante a fase pré e pós-transplante que vem a São Paulo para o procedimento na BP. Na instituição, todos os envolvidos encontram uma estrutura acolhedora, com dormitórios e refeições, para suportá-los durante todo o processo, que pode durar até 30 dias. “As crianças, inclusive, contam com atividades lúdicas e criativas para passarem por este período da forma mais acolhedora possível”, finaliza Phillip.

Histórias de vida Milena Souza, então com 22 anos em 2017, estava entusiasmada com sua viagem de formatura da Faculdade de Administração para Arraial do Cabo/RJ. No entanto, na semana em que iria viajar, surgiu uma mancha escura em seu braço, que não doía e não decorria de nenhum atrito ou pancada. Intrigada, ela procurou um médico, que solicitou um exame de sangue. O resultado apontou que seus leucócitos estavam muito altos e sua plaquetas muito baixas, e a médica lhe informou que aquilo poderia ser um sinal de leucemia. Diante da notícia, a viagem foi cancelada, e a jovem foi afastada do trabalho que exercia em uma instituição financeira. Foi então encaminhada para uma consulta com o Dr. Breno Gusmão, hematologista

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