Mercado

dr.consulta lança vertente B2B com foco em pequenas empresas

No mercado desde 2011, dr.consulta Empresas nasce para atender demanda de mercado e potencial de alcançar 100 mil empresas apenas na região metropolitana de São Paulo

No mercado desde 2011, o dr.consulta acaba de anunciar uma nova vertente de atuação focada no mercado B2B: trata-se do dr.consulta Empresas, divisão que atenderá pequenas e médias empresas, além de outras pessoas jurídicas. O novo modelo será oferecido no formato de assinatura e funcionará da seguinte forma: a empresa assina um plano, com valores a partir de R$ 25 reais por colaborador, e este passará a ter acesso aos serviços oferecidos pelo dr.consulta com valores reduzidos comparado à tabela normal.

O serviço de assinatura inclui consultas em mais de 60 especialidades, 30% de desconto em mais de 3.500 exames, pronto-atendimento online e telemedicina em mais de 20 especialidades, procedimentos odontológicos, cirurgias em hospitais parceiros, linhas de cuidado (como para gestantes e pacientes com doenças crônicas) e acesso a 29 centros médicos na Região Metropolitana de São Paulo. O potencial de mercado, segundo a companhia, é de 100 mil empresas somente na região metropolitana de São Paulo, que ainda não oferecem benefícios de saúde para seus colaboradores.

Em entrevista ao Futuro da Saúde, Massanori Shibata Jr., CEO do dr.consulta, explica que a demanda surgiu de certa forma reativa. Segundo ele, muitos dos clientes no mercado B2C são também donos de empresas, gerentes lojas ou comércios, que chegavam a procurar soluções para seus desafios. “O pequeno empresário, assim como empresas grandes, também sofre com absenteísmo, com atraso, porque às vezes o colaborador está tentando passar em consulta 20 vezes na UBS perto da casa dele e não consegue. E aí o empresário perde dinheiro, muitas vezes tem que virar mão de obra dentro do negócio, o que limita o crescimento dele. Isso porque ele não tem esse acesso à saúde imediata como ele gostaria”, detalha.

Após ter registrado crescimento em 2023 de 16% em sua receita, ocasionado principalmente pelo aumento de 120% dos cartões de benefícios de saúde, segundo a empresa, o surgimento da nova vertente B2B chega com o um reposicionamento de marca, que recebe investimento de cerca de R$ 20 milhões. Dentre os objetivos do aporte estão a implementação de novo modelo de saúde primária que utiliza rede integrada, inteligência artificial e outras tecnologias para elevar experiência dos pacientes e impulsionar os negócios.

Coordenação de cuidado é parte do dr.consulta Empresas

A partir dos motivadores identificados, o dr.consulta montou uma estrutura de suporte para que esses empreendedores e RHs tenham acesso às informações de saúde de seus colaboradores e possam atuar até mesmo na atenção primária. A empresa que assinar terá acesso a painéis de dados e apoio com campanhas de prevenção, como de tabagismo ou apoio à adoção de hábitos saudáveis. O colaborador por sua vez terá acesso aos serviços dentro do ecossistema do dr.consulta e apoio de equipes multidisciplinares para coordenar o cuidado – como já ocorre na vertical de pessoa física.

“Vamos trabalhar com empresas que são pequenas, que nunca tiveram um plano de saúde, com no máximo 1.000 vidas. No máximo. Assim conseguiremos ser muito mais ativos na parte promocional da saúde e principalmente de prevenção, porque não queremos que uma pessoa tenha um custo alto quando ele vem com a gente. Queremos que ele tenha o custo justo, que caiba no bolso dele e que, diferente de um plano de saúde, ele tenha a liberdade de ir e vir. Inclusive de liberdade econômica para escolher quando que ele vai gastar com a saúde dele”, completa Massanori.

O movimento também inclui o acompanhamento dos colaboradores, que já faz parte do dr.consulta atualmente – segundo ele, hoje mais de 40 mil pacientes crônicos são acompanhados e recebem suporte. “Hoje já temos linhas de cuidado sendo feitas aqui. Eu só consigo ajustar o custo quando eu começo a ter linha de cuidado”, aponta Massanori. O CEO exemplifica que essa visão faz parte do processo de acesso também: “Como exemplo, tenho dois pacientes com diabetes, com mesmo diagnóstico e mesmo tratamento indicado, mas um ganha um salário e outro aqui ganha 4 salários. Um consegue pagar 10 exames, o outro não. Se eu fizer protocolo de 10 exames para os dois, não estou dando acesso à saúde para esse que não consegue pagar. Mas tendo uma linha de cuidado definida, às vezes com 2 exames já consigo entregar saúde.”

Ele reforça a tese conhecida no setor de focar em saúde e não na doença. “Queremos ser participativos dentro das pequenas empresas. Ter uma relação com o empreendedor, com o empresário ou com o RH. E não de necessidade de doença, onde você tem que ligar pra liberar uma via de uma internação de uma cirurgia. Queremos fazer o oposto. Se identificamos que uma empresa tem problema com alimentação, trazemos um nutricionista para dar suporte durante um período, para corrigir a questão, o risco de desenvolver uma condição e consequentemente o custo”, avalia.

Fonte: Futuro da Saúde

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